

Consegues explicar o teu doutoramento num bar?
Convidámos um informático, uma enfermeira e um engenheiro para explicarem os seus projectos de doutoramento no Bar Sé La Vie (Braga) e prometemos pagar-lhes as bebidas. O encontro está marcado para o dia 25 de Fevereiro pelas 21h00.
O PubhD (de pub + PhD) chega à cidade de Braga depois da estreia bem-sucedida em Guimarães. Três estudantes de doutoramento apresentam publicamente os seus projectos de investigação e dispõem de 10 minutos para esclarecer a audiência, que depois pode colocar perguntas durante 20 minutos. Nas pausas (muito breves) bebe-se um copo e trocam-se ideias. Envolver o público, suscitar questões, proporcionar novos olhares sobre a pesquisa e treinar o contacto com o público é o grande desafio desta iniciativa.
Daniel M. Ferreira (Engenharia Ambiental) – “Morcegos, aves e parques eólicos” – Através de uma metodologia inovadora, propõe-se desenvolver ferramentas computacionais que permitam simular os padrões de actividade das espécies, sobretudo morcegos e aves, aferindo o risco potencial de mortalidade em parques eólicos. Melhorar os estudos de impacte ambiental e contribuir para a conservação e preservação da biodiversidade são dois dos resultados que o Daniel espera alcançar. Licenciado em Biologia e Geologia, com Mestrado em Engenharia do Ambiente, integra o Centro de Ciência Viva de Guimarães e o Laboratório de Ecologia Aplicada da (UTAD)
Eduardo Brito (Informática) – “Será que funciona?” – Esta é a grande interrogação que se coloca quando vários programas informáticos concorrem para a resolução do mesmo problema. Eduardo faz investigação em programação e está a desenvolver ferramentas que permitam verificar os programas que são produzidos. O seu trabalho pode fazer a diferença se for necessário assegurar, por exemplo, que um carro com computador de bordo avançado trave quando carregar no travão. O Eduardo é Mestre em Informática e integra o HASLab – High-Assurance Software Laboratory, da UMinho.
Paula Encarnação (Enfermagem) – “Sofrimento, fé e esclerose múltipla” – Especialista em enfermagem e Mestre em Educação de Adultos, a investigadora quer estudar doentes com esclerose múltipla e perceber até que ponto a fé pode diminuir, ou não, o seu sofrimento, admitindo a possibilidade de recurso à espiritualidade pelos profissionais de enfermagem no acompanhamento dos seus pacientes. Paula está associada a três centros de investigação: ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, CEHUM (Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho) e CBMA (STOL) (Centro de Biologia Molecular e Ambiental da UMinho).
O movimento PubhD surgiu em Nottingham (2014) e chegou a Portugal em 2015 (Lisboa). Em 2016 expandiu-se até às cidades de Guimarães e Braga por iniciativa do STOL – Science Through Our Lives – um grupo de trabalho nascido no Centro de Biologia Molecular e Ambiental – Departamento de Biologia da Universidade do vocacionado para a comunicação e divulgação de ciência, actividade que converge com o espírito do PubhD.
Mais informações sobre o projecto aqui.