A primeira sessão do PubhD UMinho juntou meia centena de pessoas ao Convívio Bar em Guimarães. Três jovens investigadores partilharam os seus projectos de investigação no domínio da Biologia Aplicada e responderam às inúmeras perguntas do público.
A iniciativa do STOL – Science Through Our Lives, um projecto de comunicação e divulgação de ciência nascido no Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Universidade do Minho, insere-se no movimento PubhD (Pub+ PhD), que surgiu em Nottingham (2014) e chegou a Portugal em 2015 (Lisboa) e que tem por objectivo divulgar ciência na primeira pessoa criando oportunidades de interação com o público leigo bem como a sua aproximação aos cientistas, aos seus objectivos e às suas metodologias.
Francisco Carvalho (26 anos, biólogo e investigador no Laboratório da Paisagem) falou sobre o seu projecto em torno das espécies invasoras dos rios centrando-se no estudo do lagostim-vermelho. “A capacidade de resistir à poluição e a circunstância de se tratar de um invasor de sucesso justifica um projecto de monitorização à qualidade ecológica”, afirmou Francisco considerando que, entre as diversas possibilidades “o restauro ripário” pode contribuir para a atenuar desequilíbrios.
Daniela Batista (29 anos, bióloga e investigadora do Centro de Biologia Molecular e Ambiental da UMinho), que estuda o impacto das nanopartículas de prata na água doce alertou para as dificuldades inerentes a um projecto de investigação sem apoios, apesar da importância do estudo que está a desenvolver: “As nanopartículas de prata são as segundas mais produzidas e utilizadas, estão presentes em tudo e são despejadas nos cursos de água, penetrando na cadeia trófica”, afirmou. “O ser humano é inevitavelmente afectado”, acrescentou, mas uma conjugação de factores, incluindo um vazio legal, contribui para falhas de monitorização e para o agravamento dos impactos na natureza.
Pedro Castro (27 anos, biólogo e investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental da UMinho) estuda a aplicação de bactérias, com recurso à biologia sintética e está empenhado na manipulação de informação genética, com vista à produção de matérias de interesse para o homem e que sejam mais amigas do ambiente.
Após cada intervenção o público foi desafiado a colocar perguntas aos investigadores e o ritmo das abordagens demonstrou o grande interesse da audiência pelos temas abordados.
A próxima sessão do PubhDUminho terá lugar em Braga, no dia 25 de Fevereiro, no bar Sé la Vie.